Funerárias de Ipatinga são investigadas por irregularidades e descarte irregular de resíduos humanos no esgoto

Polícia apura se funerárias despejavam resíduos humanos no esgoto durante o procedimento de tanatopraxia. Funerárias de Ipatinga são investigadas por irreg...

Polícia apura se funerárias despejavam resíduos humanos no esgoto durante o procedimento de tanatopraxia. Funerárias de Ipatinga são investigadas por irregularidades e descarte irregular de resíduos humanos no esgoto Marina Bhering/Inter TV dos Vales A Polícia Civil de Minas Gerais está investigando várias funerárias em Ipatinga por suspeita de descarte irregular de resíduos humanos na rede de esgoto. Durante coletiva de imprensa nesta sexta-feira (4), os delegados revelaram que fluidos e materiais orgânicos extraídos de cadáveres estariam sendo lançados diretamente no sistema de esgoto, em vez de receberem o tratamento adequado. 📲 Clique aqui para seguir o canal do g1 Vales no WhatsApp As investigações, que fazem parte da Operação Thanos, começaram em janeiro após denúncia de fraude no setor funerário. Segundo informações divulgadas na coletiva, as primeiras apurações indicaram que um mesmo proprietário teria aberto duas funerárias de forma irregular para burlar o sistema de rodízio entre os estabelecimentos e assim obter mais lucro com os serviços. Na última quinta-feira (3), a Polícia Civil e a Vigilância Sanitária realizaram vistorias em oito funerárias da cidade. Três estabelecimentos foram interditados e outros dois receberam notificações para regularização. Segundo a PC, em uma das funerárias foi encontrada uma inclinação no piso que direcionava os fluidos para um ralo, característica que levantou fortes suspeitas sobre práticas irregulares. "No dia 25 de março deste ano, houve uma vistoria por parte da vigilância sanitária em algumas funerárias. Nessa ocasião, em um desses locais, a vigilância constatou que durante a realização do procedimento chamado tanatopraxia, que o material extraído estava sendo jogado diretamente na rede de esgoto", afirmou o delegado Marcelo Castro. De acordo com a legislação ambiental, os resíduos provenientes da preparação de corpos devem ser armazenados em fossas específicas e posteriormente coletados por empresas especializadas para tratamento adequado antes do descarte final. O lançamento desses materiais diretamente na rede de esgoto configura crime ambiental, com pena prevista de 1 a 4 anos de prisão. Em nota, a Vigilância Sanitária municipal informou que os estabelecimentos interditados apresentavam irregularidades administrativas e estruturais. A prefeitura ressaltou que o objetivo das fiscalizações é garantir o cumprimento das normas sanitárias e ambientais, protegendo a saúde pública e o meio ambiente. As investigações continuam e a Polícia Civil aguarda os resultados de análises laboratoriais de amostras coletadas nos locais fiscalizados. Os proprietários das funerárias envolvidas poderão responder criminalmente caso seja comprovado o descarte irregular de resíduos humanos. Veja a íntegra da nota divulgada pela Vigilância Sanitária de Ipatinga: A Prefeitura de Ipatinga, por meio da Vigilância Sanitária, informa que nesta sexta-feira (4) foi realizada a interdição de uma funerária no município, em ação conjunta com a Polícia Civil. O estabelecimento já havia sido notificado anteriormente devido a irregularidades e recebeu diversos prazos para adequação e regularização da documentação, que não foram cumpridos. A Vigilância Sanitária esclarece que, mesmo após sucessivas oportunidades para regularização, a empresa não apresentou a documentação necessária. Reforçamos que o objetivo da fiscalização não é o fechamento de estabelecimentos, mas sim garantir que todas as empresas operem em conformidade com as leis municipais, assegurando a segurança e a saúde da população. Polícia Civil investiga denúncia de crimes ambientais em funerárias de Ipatinga Vídeos do Leste e Nordeste de Minas Gerais